segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O JUDICIÁRIO EMPREGA PARENTES, NO VELHO JOGO DE JUIZ EMPREGAR PARENTE DO OUTRO

O nepotismo está instituído no judiciário brasileiro

O nepotismo é proibido desde outubro de 2005, mas ainda acontece em larga escala no Judiciário. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) investiga 39 casos espalhados em tribunais de diversos Estados. A mais recente investigação do CNJ identificou 48 apadrinhados só no Tribunal de Justiça da Paraíba - e outros 24 casos estão sob suspeita. Nos últimos quatro anos, foram 203 processos no total. Muitos deles de nepotismo cruzado, quando um magistrado emprega um parente de outro em troca do mesmo favor, o que dificulta a identificação do apadrinhamento. Gilson Dipp, corregedor nacional da Justiça, conta que não é fácil lidar com nepotismo no Judiciário. A maioria dos casos são descobertos por denúncias anônimas. “É difícil. Tínhamos uma cultura muito grande da falta de transparência, nós juízes estávamos acima do bem e do mal”, disse ele ao jornal Estado de São Paulo. Para o presidente do Supremo Tribunal Federal e do CNJ, Gilmar Mendes, não há resistência “generalizada”. Ele afirma que apenas em alguns tribunais a prática do nepotismo era considerada “normal” e que a mudança de “cultura” pode levar tempo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário