domingo, 24 de janeiro de 2010

MEDO DO EFEITO ELEITORAL CHILENO LEVA SETORES DO PT EXIGIR DE DILMA MAIS PULSO


O resultado das eleições no Chile, com a der­rota do candidato da presidente Michelle Bachelet, foi o suficiente para acender um sinal de alerta na campanha da ministra Dilma Rousseff. Como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a chilena está no último ano de mandato com uma popularidade superior a 80% e empenhou-se na campanha do sucessor. Mas, apesar da dedicação, não conseguiu a necessária transferência de prestígio. No QG ainda informal de Dilma a analogia foi imediata e o medo do chamado “fator Chile” provocou rápidas reações que desagradaram ao presidente Lula e o obrigou a terminar a semana dando um puxão de orelha nos ministros. Setores do PT, capitaneados pelo ex-ministro José Dirceu, aproveitaram o desespero instalado pelos votos dos chilenos e conseguiram impor, ainda que por pouco espaço de tempo, uma rota mais agressiva na campanha de Dilma e o medo do fator Chile levou a ministra a colocar em marcha no Brasil a campanha do medo, recorrendo a práticas que no passado alvejavam o PT. “Quando sem nenhum fundamento espalhavam que o Lula iria confiscar as cadernetas de poupança, os petistas diziam que se tratava de terrorismo eleitoral. Agora, usam a mesma estratégia”, disse o líder do PSDB na Câmara, deputado José Aníbal (SP), em uma reunião com a cúpula tucana.

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